A Argila e a Beleza

Muitas pessoas apostam nos recursos para cuidar da beleza e prevenir os efeitos do tempo. Em geral, os resultados costumam serem promissores e, além disso, a prevenção continua sendo o melhor caminho.
Segundo pesquisas realizadas durante mais de vinte anos em várias regiões brasileiras pela Médica e Cosmetóloga Dra. Maria Amélia Ferreira Ramos sobre o assunto ARGILA, a pesquisa comprovou que o emprego da argila na pele é altamente eficaz em vários aspectos. O resultado é uma tez macia e sedosa, além da eliminação de cravos e espinhas. Ressaltando que devido à textura arenosa, a argila é capaz de promover um verdadeiro “peeling”, além de renovar as células, absorver as impurezas, revigorar os tecidos, ativar a circulação e realizar uma limpeza profunda.
A argila pode ser usada em todos os tipos de pele, contudo não é qualquer argila que pode ser manipulada, apenas a argila sulfurosa, extraída há mais de trinta metros abaixo do solo, porque é nela que se encontra e se acumulam as reais propriedades cosméticas e terapêuticas que podem proporcionar a prevenção no aparecimento de rugas, manchas e envelhecimento.

Sebastian Kneipp afirmava em 1821: “Argila tira a inflamação. Puxa para fora as matérias mórbidas, pútridas, absorvendo e purificando assim os abscessos e as ulcerações. É um excelente medicamento nas dores de cabeça, das costas, nas inflamações, inchaços, intoxicações e entorses”.
Jack Szostak – Universidade Harvard – USA – com seus experimentos marca mais um ponto a favor da argila, afirma: “Ela é capaz de induzir a formação de cadeias de RNA, que ao contrário do DNA, consegue sozinha induzir reações químicas ”. Para muitos cientistas, o RNA é o primeiro material genético da história da vida.
Hoje a moda é usar a argila em tudo, mas esses tratamentos com argila são denominados Argiloterapia ou Geoterapia que utiliza como uma de suas bases a aplicação ou ingestão de argila, que atua no tratamento de diferentes doenças, desde afecções cutâneas e amidalites, até disfunções hormonais e úlceras. Suas ações terapêuticas se resumem em: antiinflamatória, cicatrizante, desintoxicante, analgésico e vitalizante. Também através de compressas, cataplasmas, máscaras, banhos ou escalda pés pode ser: antiinflamatória, cicatrizante, anti-reumático, tonificante, antiinfeccioso, antitóxico e anti-séptico.
Somente um terapeuta especializado saberá como usar adequadamente a argila de forma a dar o melhor resultado ao tratamento, pois é muito importante a verificação da procedência da argila e a forma de utilização.
Geoterapia

A cura pela terra.

É da terra que retiramos nosso alimento, nossa água, nossa energia vital. Nas palavras do chefe índio Seatlle, da nação Sioux, “tudo quanto fere a terra, fere também os filhos da terra”.

Como ciência do uso da terra, a geoterapia é sem dúvida uma das mais importantes técnicas terapêuticas da medicina natural. Está presente nos mais antigos tratados de cura popular e constitui uma técnica bastante difundida entre curandeiros e médicos famosos.

Hipócrates (c. 460-c. 377 a.C.), médico grego considerado o “Pai da Medicina”, freqüentemente utilizava a argila em seus tratamentos e ensinava seus discípulos como usá-la de maneira adequada. Encontramos essa prática mencionada na obra de médicos célebres como Avicena (980-1037), Avorrois (1126-98) e Galeno (c. 131-c. 201), além de cientistas e filósofo como Plínio (c.23-79 d.C.), Aristóteles (384-322 a.C.) e, mais recentemente, o Mahatma Ganghi, grande admirador dos efeitos curativos da terra. Hoje raramente encontramos uma clínica naturalista que não utilize a argila, sozinha ou associada a outros elementos.

Usos e costumes antigos

Os antigos egípcios utilizavam a argila como um dos componentes no embalsamento das múmias e para a preservação de alimentos de origem animal. Na América, alguns grupos indígenas tinham por tradição “enterrar” seus doentes, que eram colocados de corpo inteiro, na posição vertical, dentro de um buraco cavado na terra. Apenas a cabeça era deixada para o lado de fora, e o doente permanecia assim, em contato com a terra, durante muitas horas. Esse tipo de tratamento era aplicado em doentes terminais, à beira da morte.

Durante os ataques que sofreram dos Estados unidos, os vietnamitas e os coreanos empregaram o banho de argila para tratar queimaduras sérias, inclusive as provocadas por naplam. Ainda hoje no Japão a argila é utilizada para conservar, às vezes por vários anos, ovos e alimentos de procedência animal.

O homem e a terra

Universalmente, a terra é a terra é a matriz que concebe as fontes, os minerais, os metais. Da terra retiramos o nosso alimento, a nossa água ¾ dela depende a nossa vida. Nada mais natural, então, do que utilizá-la como remédio.

Em filmes documentários, freqüentemente observamos cenas em que animais selvagens se untam de lama ou permanecem muito tempo mergulhados no lodo úmido. Mesmo o nosso cão doméstico não dispensa seus “banhos de lama” sempre que tem oportunidade. Por instinto, os animais percebem que a argila possui de manter seus corpos mais sadios e de livrá-los de energias malsãs.

A saúde e o bem-estar só podem existir quando o homem vive em harmonia com a terra em que habita, o que equivale a dizer que ele deve estar sempre em harmonia com as leis da natureza. Não podemos esquecer que a terra possui tudo o que necessitamos: sua utilização como medicamentos é a mais natural das medicinas.

Por que a terra cura

Existem vários fatores que explicam o poder curativo da terra. Antes de mais nada, a existência de uma determinada composição química e geológica que, logicamente, varia muito de um lugar para o outro. Todas as terras e argilas, no entanto, possuem três componentes geológicos fundamentais: o quartzo, o feldspato e a mica, em quantidades diferentes segundo o terreno. Mas o que mais oscila em terrenos de quantidade são os componentes químicos; a sílica, o magnésio e o titânio são os mais comumente encontrados. A composição química e geológica da argila, porém, não basta para explicar suas qualidades curativas. Existe um outro motivo muito mais importante para que a terra constitua um agente terapêutico: a energia que ela contém.

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